Wednesday, December 09, 2009

El supermercado

A avaliação que nós fazemos de um país passa também pela qualidade dos supermercados aí existentes. E não deixa de ser uma avaliação tão legítima como outra qualquer. Não estou a querer comparar a literatura com o local onde compramos o papel higiénico. Longe de mim ferir susceptibilidades.

Portugal é um país de doutores e engenheiros. E comportamo-nos como tal. Por isso os nossos supermercados são chamados bonjour (falo do Modelo, obviamente) ou então têm nomes imponentes como Continente ou Jumbo. É à grande e à francesa.

Já estive em alguns países e posso de facto comparar os supermercados. Desde a organização alemã na... Áustria, passando pelo sentimento Ciao e vafanculo dos italianos (este sentimento traduz-se num atendimento do tipo: Ciao, passa pra cá o guito que eu tenho mais que fazer, nomeadamente comer pizza e conduzir feito um louco). Já os espanhóis são o melhor exemplo de atendimento ao cliente. As suas qualidades consistem em mastigar pastilha elástica enquanto falam ao telefone ao mesmo tempo que bocejam e, pronto, vá lá, também atendem o cliente. Em vez do Bom dia, têm outros métodos de cumprimentar as pessoas, como por exemplo, o “Qué?”.

Não é que se veja muito disto no Mercadona. Este não deixa de ser um estabelecimento comercial onde a relação preço/qualidade é agradável. A comida não está estragada e o preço não é exageradamente caro. Apelidam-se como Supermercados de confiança e até tenho alguma neles. Ainda estou vivo e esse costuma ser um bom sinal.



P.S.: Esta foto é do supermercado a poucos metros de minha casa.